domingo, 7 de abril de 2024

LIVRO DA LEI E AS DIVERSAS RELIGIÕES

 

Em 05.09.2023 o Respeitável Irmão que se identifica apenas como Eron, Coordenador Adjunto da 4ª Região Maçônica do GOB-PR, Loja Luz de Curitiba, 3565, Rito de York, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão.

 

LIVRO DA LEI

 

Quando puder, poderia me tirar uma dúvida em que fui questionado. O livro que deve ser aberto nas sessões é a Bíblia, caso algum irmão seja praticante de outra religião ele pode fazer os juramentos dele no livro da fé dele, correto? Mas durante as sessões cotidianas deve ser aberto os dois livros com dois esquadros e dois compassos?

O que o GOB ou ritos falam sobre isto? Não quero dar resposta errada.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

           Em que pese possam aparecer algumas diferenças entre os ritos maçônicos praticados, no caso da Iniciação de um Irmão que não seja cristão - por exemplo – no momento do juramento (obrigação) que a Ordem lhe exige, deve ser a ele apresentado outro Livro da Lei, condizente com a sua religião.

Em um caso desses, a Bíblia deve permanecer no mesmo lugar que ocupa no centro do Altar. Assim, no ato do juramento do Candidato não cristão, outro Livro da Lei será colocado ao lado da Bíblia.

Desse modo, sem alterar a disposição das Tr GGr∴ LLuz EEmbl, providencia-se, para aquele instante, outro Esq e Comp, os quais serão igualmente arranjados sobre o outro Livro da Lei, compatível com a religião do Candidato.

No caso do GOB, no centro do Altar sempre deve ficar a Bíblia com o Comp e o Esq. A vista disso, é aconselhável que após o juramento, e/ou a consagração (sagração) do Iniciado, somente permaneça sobre o Altar, a Bíblia com as duas demais LLuz EEmbl, até porque o ritual não prevê a permanência de dois ou mais Livros Lei, exceto nas ocasiões que foram anteriormente mencionadas.

Nessa conjuntura, vale lembrar que o encarregado de abrir o Livro da Lei somente abre e fecha um Livro da Lei, o previsto no ritual.

Assim sendo, fora as situações previstas (juramento e consagração) apenas permanece sobre o Altar dos Juramentos o Livro da Lei indicado pelo Ritual. Na abertura e encerramento dos trabalhos, por exemplo, o único Livro da Lei que deve estar presente é aquele previsto no ritual.

Para que se evitem situações constrangedoras, é de boa geometria que tudo isso seja esclarecido ao Candidato antes da sua Iniciação. Esse é um dever do padrinho e dos sindicantes.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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ABR/2024

PALAVRA SAGRADA DE APRENDIZ - CONFORME A VERSÃO BÍBLICA

Em 04.09.2023, o Respeitável Irmão Antônio Carlos Manso, Loja Inconfidência e Liberdade, 2370, REAA, GOB, Oriente de São Gonçalo do Sapucaí, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:

 

PALAVRA SAGRADA

 

O meu questionamento é o seguinte:

Por que o SOR não fez a correção da Palavra Sagrada Aprendiz REAA?

 

Porque o REAA é um rito de origem latina (francês). Por conta disso a Bíblia adotada é a versão Vulgata, na qual S. Jerônimo, ao fazer a tradução do grego para o latim, inseriu uma corruptela que dobra as vogais (inexistente no vernáculo hebraico).

                   Por questões que não vem ao caso, a Igreja Católica resolveu manter o determinado por S. Jerônimo, resultando na palavra B escrita de duas formas conforme a versão bíblica.

Os ritos maçônicos anglo-saxônicos adotam a Septuaginta, onde o nome de B está traduzido nos conformes com o previsto na língua hebraica. As traduções Protestantes também seguem a versão Septuaginta (Dos Setenta), tradução do hebraico para o grego para atender os judeus helenistas.

A Maçonaria brasileira, que tem a Bíblia como seu Livro da Lei, por ser filha espiritual da França, adota a versão latina da Bíblia, a Vulgara, traduzida por S. Jerônimo.

Após a edição dos novos rituais, previstos para meados de 2024, vamos atualizar o SOR como um sistema único de Orientação Ritualística no GOB. Nessa oportunidade essa questão será revista.

 

T.F.A.

 

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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ABR/2024

O LUGAR DA PEDRA CÚBICA - REAA E YORK

Em 02.09.2023 o Respeitável Irmão Edelcio Sciacca, Loja Jerusalém do Paraná, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

 

O LUGAR DA PEDRA CÚBICA

 

Pergunto por que a Pedra Polida fica defronte o Segundo Vigilante no REAA e no York fica defronte o Primeiro Vigilante?

 

CONSIDERAÇÕES.

 


O termo Pedra Polida não é o mais apropriado para o REAA, o mais adequado é Pedra Cúbica.

               Dito isso, no REAA, a Pedra Bruta situa-se na Coluna do Norte em alusão ao início da jornada iniciática do Maçom. No simbolismo do REAA, essa jornada é orientada conforme a posição do Sol e o ciclos naturais inerentes ao hemisfério Norte - ao Norte porque corresponde às latitudes onde nasceu a Maçonaria.

Nessa conjuntura, os Aprendizes sentam no topo da Coluna do Norte (parede setentrional). Essa senda iniciática está determinada no Templo pelas Colunas Zodiacais correspondentes à primavera e ao verão (no Norte). Por consequência, as outras Colunas Zodiacais, no Sul, são inerentes aos Companheiros e Mestres.

Consequentemente, no REAA, sob essa óptica, os Aprendizes ocupam o lugar simbolicamente mais escuro no Templo, ou seja, distante da luz, mais afastado do equador que é mais iluminado (alusão ao Meio-Dia).

Agrupados esses conceitos, no REAA a P B fica no Norte, próxima ao 1º Vigilante. Simbolicamente é o lugar onde inicia-se a jornada do Iniciado - a partir da primavera (Áries).

Desse jeito, vale mencionar que o lugar da P B e do 1º Vig, nada tem a ver com quem é o instrutor dos Aprendizes e Companheiros, pois, independente do lugar em que estejam posicionadas as Pedras, Bruta ou Cúbica, ou mesmo a banda na qual sentam os Aprendizes e Companheiros, no REAA, por uma questão histórica e hierárquica, o instrutor do 1º Grau é o 2º Vig e do 2º Grau, o 1º Vigilante

Já no Craft (Maçonaria anglo-saxônica), a Pedra, joia fixa dos Aprendizes, revelando força e vontade no trabalho inicial, começa a tomar forma cúbica, mesmo que ainda com muitas arestas a serem desbastadas. A outra Pedra, a Polida, joia fixa dos Companheiros, pela juventude, ação e trabalho, se mostra pronta, polida e esquadrejada conforme as exigências da Arte.

Desse modo, no Craft (Rito de York), os Aprendizes não sentam no topo da Coluna do Norte como ocorre no REAA, já que esse conceito iniciático-solar não faz parte do arcabouço doutrinário da Maçonaria anglo-saxônica, destacando que nesse Trabalho (working), diferente do deísmo francês, há fortes influências teístas hauridas da Grande Loja dos Antigos (1751).

À vista disso, no Craft os Aprendizes Admitidos ocupam lugar na fileira da frente do Norte, o mais próximo do quadrante nordeste da Loja, já que historicamente era no canto nordeste que os nossos ancestrais operativos (de ofício) fincavam a primeira pedra, ou pedra angular, que servia como referência inicial (ponto de partida) para toda a construção.

Graças a isso é que comparando os Aprendizes Admitidos com a pedra angular (início da obra), os Aprendizes acabariam associados ao ponto de partida da jornada de aperfeiçoamento humano. Com isso acabaria ocupando o canto nordeste da Loja (lugar da pedra angular), a despeito de que Loja é um canteiro estilizado e especulativo de obras.

Assim, obedecendo ao contexto hierárquico, é que a Pedra Cúbica ainda com arestas, no Rito de Yoirk, associa-se ao 2º Vigilante que era, nos tempos primitivos, quem recebia o candidato ao Ofício, ministrando-lhe as primeiras instruções para depois encaminhá-lo ao 1º Vigilante que o recebia, fazia uma prece em seu favor, levando-o, por fim, ao Mestre da Loja para prestar a sua obrigação como Aprendiz e receber o avental e as luvas para o trabalho.

Nessa circunstância, o 1º Vigilante, literalmente de frente para o Venerável Mestre, oposto ao Leste, tem próximo a si a Pedra Cúbica Polida suspensa pelo lewis, a alegoria simboliza o final da jornada, o elemento construtivo preparado, polido e isento de arestas.

Ao concluir, vale mencionar que os Ritos latinos e os Workings ingleses possuem o mesmo objetivo, ou por outra, buscam polir o homem, preparando-o para fazer parte das paredes erigidas na construção de um templo simbólico consagrado à virtude universal, todavia, nesse contexto doutrinário urge se levar em conta que há diferenças entre as diversas estruturas doutrinárias dos Ritos e Trabalhos maçônicos, sobretudo se levando em conta a existência de duas das principais vertentes de Maçonaria, a anglo-saxônica (inglesa e teísta) e a latina (francesa deísta e em certos casos agnóstica).

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

ABRIL/2024

domingo, 17 de março de 2024

REAA - A COR DO AVENTAL DE MESTRE MAÇOM

Em 31/08/2023 o Respeitável Irmão José Joab Ferreira de Souza, Loja Francisco Maranhão Carvalho, 3504, REAA, GOB-MA, Oriente de Barra do Corda, Estado do Maranhão, faz a pergunta seguinte:

 

A COR DO AVENTAL DE MESTRE

 

Nobre irmão, me tire uma dúvida. Na realidade qual a cor do Avental do Mestre Maçom no
rito REAA? Vermelho ou azul?

 

CONSIDERAÇÕES:

 

Sob a óptica da originalidade, o avental de Mestre Maçom no REAA deve ser branco, orlado e forrado na cor vermelha com as letras MB. Todavia, no que diz respeito ao GOB, em 1965 apareceu um avental que era chamado ironicamente de “tricolor” pois trazia uma orla azul e nele inserido um filete vermelho tornando-se um avental de três cores, vermelho, branco e azul. Alguns, inclusive, traziam rosetas azuis com um botão vermelho ao centro, ou seja, além de invencionice, de um mau gosto a toda a prova.

Em 1968, na contramão da história, definitivamente o GOB passou a adotar para os seus Mestres Maçons do REAA aventais com orla e rosetas azuis, principalmente por influências de obreiros egressos de outra Obediência que houvera azulado aventais escoceses há muito tempo atrás, a despeito ainda de outros palpiteiros de plantão que “acham” o azul mais “bonito” do que o vermelho.

             Infelizmente essa é a realidade, pois o avental azul no REAA, mesmo que equivocado, acabou se consagrando na Maçonaria tupiniquim e está nos rituais do GOB desde 1968. Assim, por se encontrar no ritual devemos seguir esse costume. Entendo ser bastante provável que em futuro não muito distante as coisas retornem para os seus devidos lugares.

A característica encarnada do avental do Mestre no REAA possui razões históricas ligadas ao “escocesismo” e os Stuarts, reis escoceses católicos que reinavam na Inglaterra da época. Na conjuntura oficial, desde o Conselho de Lausanne realizado na Suíça no ano de 1875, o avental M B orlado de vermelho foi oficializado no REAA. Lamentavelmente, no GOB, desde de 1968, por força de Decreto, entramos na contramão da história. Essa é a realidade.

Reitero, mesmo que equivocado devemos obedecer ao que consta no ritual, no caso, usar avental azul no REAA.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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MAR/2024

sexta-feira, 15 de março de 2024

REAA - PROCEDIMENTOS NO TELHAMENTO

Em 30/08/2023 o Respeitável Irmão Júlio César, Loja Caminho do Peabiru, 4343, REAA, GOB-PR, Oriente de Peabiru, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

 

PROCEDIMENTOS NO TELHAMENTO

 

Surgiu uma dúvida em Loja esses dias e, entre os Irmãos. houve uma divisão sobre a opinião.

Quando do Irmão for telhado, há a necessidade de ele dar os passos do grau e posteriormente saúda as luzes, ou ele se posta entre colunas e espera o questionamento.

 

CONSIDERAÇÕES

 

         Veja, antes é preciso não confundir entrada formal em Loja (pela Marcha do Grau) e o questionário utilizado em alguns ritos, com o telhamento minucioso (exame) de um maçom.

Pois bem, a Marcha ou Passos do Grau é um procedimento de formalidade iniciática adotado por alguns ritos maçônicos, ou seja, nesses ritos todas as entradas em Loja depois da sua abertura são formais. À vista disso, nos ritos que assim procedem, faz-se primeiro a Marcha do Grau seguida da saudação às Luzes, e ainda, se o Venerável desejar ele aplica o telhamento pelo questionário.

Esse procedimento está longe da outra forma mais minuciosa que é o exame feito a um Irmão desconhecido. Nesse caso aplica-se um exame completo e deve ser feito, de acordo com o rito, por um dos Expertos, ou mesmo o Cobridor Externo, ou ainda outro Irmão experiente, fora de Loja.

Esse telhamento é na verdade o ato de se verificar pelos Sinais, Toques e Palavras, além do exame, se possível, dos documentos do visitante, cujos quais serão enviados ao Orador, ou outro representante da Lei, para as devidas constatações.

Eis o porquê de não se receber irmão desconhecido após a abertura dos trabalhos, já que isso demanda de prudência, portanto, sem pressa.

Então, são dois os casos de telhamento, o da entrada formal, de acordo com o Rito aplicado a irmãos conhecidos em Loja aberta pela Marcha do Grau, saudação às Luzes e questionário, e outro, mais complexo, pertinente ao telhamento de um Irmão desconhecido que ocorre fora de Loja em local reservado. Esse exame deve ser feito antes do início dos trabalhos, portanto, o Irmão desconhecido também deve colaborar chegando com antecedência para se submeter a essas formalidades exigidas.

Ao concluir, vale salientar que os ritos maçônicos se diferenciam entre si em muitas particularidades, portanto é enganoso pensar que todos os procedimentos são universais entre os ritos maçônicos, destacando os de vertente latina e os anglo-saxônicos.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK – SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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MAR/2024

quinta-feira, 14 de março de 2024

TRANSFORMAÇÃO DE LOJA PARA AUMENTO DE SALÁRIO

Em 28.08.2023 o Respeitável Irmão Adelino Baena, Fernandes Filho, Loja Veritas de Santos, 2918, REAA, GOB-SP, Oriente de Santos, Estado de São Paulo, faz a pergunta seguinte

 

TRANSFORMAÇÃO DA LOJA

 

Após a transformação da loja de Aprendiz em Loja de Companheiro para se aprovar um aumento de salário, abriu-se um tempo de estudo de Companheiro, e realizou-se a leitura da Ata de sessões anteriores em grau de Companheiro.

A transformação não é especifica para a deliberação de um tema pré-determinado? Pode ter leitura de ata e tempo de estudo além da ordem do dia para a qual foi transformada?

 

CONSIDERAÇÕES

 

No caso de uma transformação de Loja para atender um aumento de salário
(colação de grau) previsto no RGF, Art. 35, § 1º, a transformação se dará exclusivamente para essa finalidade, não cabendo nela aprovações de ata, instruções, etc. A transformação foi feita para tratar exclusivamente do aumento de salário. A propósito, não se aprova Ata e nem se ministram instruções na Ordem do Dia.

A bem da verdade, é possível sim transformar a Loja para outras finalidades, todavia, não naquela para tratar de aumento de salário previsto no RGF (colação de grau).

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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MAR/2024

domingo, 3 de março de 2024

QUEM ENCERRA O LIVRO DE PRESENÇAS DA LOJA

Em 24.08.2023 o Respeitável Irmão Gilton Damasceno, Loja Deus e Justiça, 99, REAA, GLEB (CMSB), Oriente de Piritiba, Estado da Bahia, apresenta o seguinte:

 

QUEM FECHA A LISTA DE PRESENÇAS

 

Fiz uma pergunta sobre quem fala por último da sessão, já foi respondida. A segunda pergunta vai na mesma seara, ou seja: Quem assina por último do Livro de Ata na Sessão, o Venerável ou o Delegado Distrital. O Venerável de Honra, questionou com o Delegado Distrital, sobre quem fala por último e quem assina por último, ele bateu o pé firme e disse que era ele, por que ele estava representando o Grão-Mestre, então ele falava e assinava por último.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Salvo se os regulamentos da sua Obediência trouxerem outro entendimento, o consagrado é que quem encerra a lista de presenças no livro da Loja o Venerável Mestre.

            Isso foi assim previsto por questões legais. Há Obediências, a exemplo do GOB, que trazem essa orientação no Regulamento Geral da Federação. Esse diploma legal exara em Artigo correspondente aos direitos e deveres do Venerável Mestre que é ele quem encerra a lista de presenças.

É bom que se diga, que encerrar o livro de presenças da Loja nada tem a ver com quem fala por último antes do encerramento dos trabalhos.

Aliás, já lhe respondi em outra ocasião que quem fala por último, isto é, após as conclusões do Orador, é apenas o Grão-Mestre, e não seus delegados ou representantes. Na verdade, esses falam antes dos comentários finais do Venerável.

Concluindo, esse é o meu entendimento, respeitando, todavia, o que reza nos regulamentos de cada Obediência, com é o caso da GLEB

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

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MAR/2024